Quadro de gripe pode causar queda na imunidade e abrir caminho para Covid-19.
Apesar de serem doenças distintas, a gripe e a Covid-19, o novo Coronavírus, têm algo em comum: os sintomas. Coriza, febre, dores no corpo e tosse seca podem causar confusão no diagnóstico, mas se sentir falta de ar, é hora de ficar atento.
A vacinação contra a gripe, que foi dividida em grupos, se iniciou no final de março e é muito importante na prevenção do Coronavírus. Mas, diferente do que muitos acreditam, ela não é a cura para a doença, e sim uma forma de diminuir as chances da evolução da doença para um quadro grave.
“Evita que as pessoas adquiram uma condição debilitada que possa facilitar a aquisição de outra infecção por vírus respiratório”, explica Marta Heloísa Lopes, professora do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina (FM) da USP e coordenadora do Centro de Imunizações do Hospital das Clínicas (HC).
A primeira etapa foi destinada aos idosos e segundo o Ministério da Saúde, 19 milhões foram vacinados. A segunda vai até o dia 9 de maio e será para profissionais das forças de segurança e salvamento, pacientes com doenças crônicas (hipertensão, diabetes, asma), pessoas privadas de liberdade, caminhoneiros e indígenas.
A última, que se inicia no dia 9, terá foco em vacinar crianças de seis meses a seis anos incompletos, professores, além de pessoas que têm entre 55 e 60 anos incompletos. Gestantes e puérperas também começam a receber a vacina. Nesse mesmo dia, será realizado o Dia D, onde o restante da população poderá se imunizar.
Marta enfatiza que sempre foi importante se vacinar contra o vírus influenza, mas “neste momento é mais importante ainda, porque temos outro vírus, o sars-cov-2, que causa uma síndrome respiratória grave, que pode levar ao óbito”. Além disso, conclui que o isolamento social é a melhor medida, mas não deixem de se vacinar também.
Fonte: Jornal USP | Governo do Estado de São Paulo