Junho: conscientização da leucemia e da doação de sangue

Pandemia ressalta importância de se atentar à saúde.

Em 2020, mais de 626 mil brasileiros já foram diagnosticados com câncer, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Desses, 10.810 são referentes à Leucemia, doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida. Ela tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

Em 2011, o movimento Eu Dou Sangue criou duas campanhas: Junho Laranja e Junho Vermelho. A primeira é um alerta para a anemia e a leucemia, enquanto a segunda visa conscientizar sobre a importância da doação de sangue, já que dia 14 de junho é celebrado o dia do doador de sangue.

Junho Laranja

A anemia é diagnosticada quando o número de glóbulos vermelhos ou hemoglobina estão abaixo do normal. Existem diversos tipos, mas todas incluem os principais sintomas: cansaço, queda de pressão arterial, fraqueza, tontura, sonolência, falta de ar, etc. Ela pode ser detectada através de um hemograma comum e o tratamento mais indicado é a suplementação e aumento da ingestão de ferro e vitamina B12. Em alguns casos, é necessário um transplante de medula óssea.

Já a leucemia é muito mais delicada e letal, podendo ser crônica ou aguda a depender da velocidade em que evolui e torna-se grave. Os principais são a Leucemia linfoide crônica, mieloide crônica, linfoide aguda e mieloide aguda, e os sintomas incluem anemia, baixa imunidade, sangramentos nasais e gengivais, inchaço, febre, perda de peso, etc.

Ainda segundo o INCA, pessoas acima de 65 anos tem 11 vezes mais chances de desenvolver câncer do que as demais faixas etárias. Isso se deve principalmente pelas mudanças celulares que enfraquecem o organismo, deixando-os mais vulneráveis. Sedentarismo e hábitos não saudáveis, como fumo e alcoolismo, também são fatores que aumentam os riscos.

 Junho Vermelho

Em tempos de pandemia, momento que exige ainda mais atenção à saúde, os bancos de sangue tiveram uma grande queda nas doações. Em São Paulo, por exemplo, o déficit já ultrapassa 50%, enquanto a demanda hospitalar aumenta cada dia mais.

Pessoas que passam por procedimentos e intervenções médicas, além daqueles que possuem doenças graves, muitas vezes necessitam de transfusão sanguínea para uma melhora no quadro de saúde. O Ministério da Saúde enfatiza ainda que uma doação pode salvar até quatro vidas.

Para doar, é necessário ter entre 16 e 69 anos e pesar mais do que 50kg. Pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente. Além disso, os principais requisitos são:

  • Estar alimentado. Evite alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação de sangue.
  • Caso seja após o almoço, aguardar 2 horas.
  • Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas.
  • Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos.
  • A frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três doações de sangue anuais para as mulheres.
  • O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.

Para realizar sua doação, basta ir até o hemocentro mais próximo de você e solicitar a coleta. Clique aqui para mais informações.

Fontes: Ministério da Saúde, INCA, R7.

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