Pandemia aumentou refeições em família, mas também o estresse e ansiedade.
A pandemia do coronavírus afetou o dia a dia não só dos grupos de risco, mas de todo o mundo de modo geral. O medo, a incerteza quanto ao futuro e a nova adaptação ao home office tem gerado 80% mais ansiedade e estresse para a grande maioria das pessoas, segundo uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ.
Com certeza uma das práticas que mais tiveram obstáculos e mudanças foi a da alimentação. Delivery, desafios na cozinha e refeições em família têm se tornado hábitos cada vez mais comuns. Mas, qual a lição que podemos tirar de tudo isso?
Em entrevista para a CNN, o nutrólogo Mauro Fisberg explica que a alimentação e as relações de família são muito diferentes de acordo com o grau de isolamento, o nível social e econômico, e também a cultura.
Existe uma divisão entre os que passaram a se alimentar melhor e o que pioraram após o início da quarentena. Mas, caso o caminho tenha sido para o lado ruim, como reverter? A principal fala de Mauro é que quanto mais cedo estabelecer um hábito alimentar, melhor será para administrar o futuro. Nós listamos algumas dicas dadas por ele:
. Faça mais refeições em família: a consciência coletiva pode ajudar na criação de um novo hábito, principalmente se um dos integrantes já possui uma rotina saudável.
. Fonte de recursos: caso a renda seja mais baixa, dê prioridade para os itens de sobrevivência, como o arroz, o feijão e uma mistura, que são uma grande fonte de energia.
. Estabeleça uma rotina: tente ao máximo não pular refeições, crie um horário fixo para realizar cada uma, troque de roupa e evite beliscar algo ao longo do dia.
. Use o delivery com responsabilidade: faça combinações saudáveis, como marmitas com salada e que possibilitem a divisão com mais pessoas da casa.
É importante ressaltar a relação imunidade x alimentos. “Uma alimentação bem feita melhora a imunidade de uma forma global, mas não de uma forma específica para o covid”, esclarece o nutrólogo.
Outro ponto é a questão da obesidade na gravidade da infecção pelo coronavírus, já que 61% dos brasileiros possuem excesso de peso. Uma alimentação balanceada com a prática de exercícios físicos é suficiente para esse momento. Mauro ainda afirma que não é a época de fazer dietas extremas e restritivas. Suplementação também não é uma opção, a não ser que seja um caso específico e com recomendação médica.
E aí, como anda sua alimentação? Não deixe de se cuidar e seguir as recomendações de ficar em isolamento caso seja possível e de higienização. Juntos, somos mais fortes.
Fonte: CNN